1 - Introdução |
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1.1 - Origem |
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A palavra "elétrico" é, na verdade, uma palavra derivada do grego e que significa ÂMBAR. O âmbar é um mineral amarelado (translúcido) basicamente composto de resina fossilizada. Na Grécia antiga, por volta de 600 a.C., a palavra "força elétrica" era usada para descrever às misteriosas forças de atração e repulsão demonstradas pelo âmbar, quando atritado com a lã. Eles não compreendiam a natureza fundamental desta força. E portanto, não podiam responder a pergunta, aparentemente simples - o que é eletricidade? Esta pergunta permanece ainda sem resposta. Embora alguém possa definir eletricidade como "a força que move os elétrons", isto seria o mesmo que definir um motor como "aquela força que move o automóvel". Isto é a descrição do feito não da força.
Atualmente, sabemos pouco mais do que sabiam o antigos gregos a cerca da natureza fundamental da eletricidade, mas passos tremendos foram dados no sentido de dominá-la e usá-la. Laboriosas teorias, concernente à natureza e comportamento da eletricidade, forma desenvolvidas e ganharam larga aceitação, em virtude de seus resultados experimentais.
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1.2 - Pioneiros |
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No curso da história, vários cientistas descobriram que a eletricidade parece se comportar de maneira constante e previsível em dadas situções, ou quando sujeitas a determinadas condições. Eles observaram e descreveram as características previsíveis da eletricidade e da corrente elétrica, sob a forma de certas regras.
Estas regras recebem comumente o nome de "leis".
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1600 |
William Gilbert - cientista inglês (Colchester 1544 - londres 1603)
O primeiro a estudar sistematicamente a eletricidade e o magnetismo, retomando as observações do filósofo grego Tales de Milieto, verificou que não só âmbar mas também outros materiais, quando atritados, adquiriam a propriedade de atrair outros corpos. Publicou De Magnete. |
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1675 |
Robert Boyle -
físico irlandes
(Lismore Castle
1627 -
Londres
1691)
Observa que as forças elétricas podem atuar através do vácuo. |
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1733 |
Charles François de Cisternay Du Fay - cientista francês (Paris 1698 - id 1739)
Observou a existencia de duas espécies de eletricidade a vítrea (propriedade semelhante às do vidro atritado com a seda) e a resinosa (propriedade semelhante às do âmbar atritado com a seda). O que mais tarde seria identificado como "positivo" e "negativo". |
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1750 |
Benjamin Franklin - cientista norte-americano (Bosto 1706 - Filadélfia 1790)
Organiza as observações Du Fay e cunha os termos positivo e negativo para distinguir os dois tipos de carga, um corpo com execesso de carga estaria positivamente eletrizado e com falta de carga estaria negativamente eletrizado.
Através de sua experiencia com uma pipa demonstrou, pela primeira vez, que o relâmpago é um fenômeno elétrico e posteriormente inventou o Pará-Raois. |
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1800 |
Alessandro Volta - físico italiano (Como 1745 - id. 1827)
Desenvolve a pilha voltaica, precursor das baterias modernas, que era capaz de produzir corrente contínua. |
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1820 |
Hans Christian Öersted - físico dinamarquês (Rudkobing 1771 - Copenhague 1851)
Observa que, ao colocar uma bússola sob um fio elétrico. a agulha se desviava quando o fio era percorrido por uma corrente elétrica. |
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1820 |
André-Marie Ampère - físico francês (Lyon 1775 - Marcelha 1836)
Tendo visto a experiência de Öersted na Acadêmia de ciências de Paris, demonstrou apenas uma semana depois, que a inclinação da agulha magnética obedece a uma regra que se tornou conhecida como "regra da mão direita".
Formulou a teoria de que as propriedades dos imãs devem-se à existência de pequenas correntes elétricas que circulam initerruptamente dentro deles. Concebeu o galvanômetro e inventou o primeiro Telégrafo elétrico. |
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1827 |
George Simon Ohm - físico alemão (Erlanger 1789 - Munique 1854)
Publicou Die galvanische Kette mathematisch bearbeitet (O Circuito Galvânico, Investigado Matematicamente), trabalho no qual desenvolve a teoria de circuitos, incluindo a "Lei de Ohm". |
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1831 |
Michael Faraday - físico inglês (Newington,Surrey 1791 - Hampton Court 1867)
Dentre suas inúmeras experiencias uma de grande relevância é a gaiola de Faraday, usada para demonstrar que condutores carregados eletrizam-se apenas em sua superfície externa. Ele ainda, determina experimentalmente o fenômeno da indução magnética entre duas bobinas, formulando assim o princípio do transformador e motor elétrico. |
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1833 |
Heinrich Friedrich Emil Lenz - físico russo (Dorpat, atual Tartu, Estônia 1804 - Roma 1865)
Descobriu a lei que indica o sentido das correntes induzidas conhecida hoje como "lei de Lenz" e observou o aumento da resistência da resistência elétrica em função da temperatura dos metais. |
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1789 |
Charles Augustin de Coulumb - físico francês
(Angouleme 1736 - Paris 1806)
Enunciou a lei que leva seu nome, explicou a tendência de conentração de carga
na superfície dos condutores, o efeito de blindagem elétrica produzido pelos
condutores ocos e introduziu, a noção de momento magnético. |
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1859 |
Gustav Robert Kirchhoff - físico alemão (Konigsberg 1824 - Berlim 1887)
Enunciou a lei das correntes derivadas. Formulou o conceito de Corpo Negro |
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1873 |
James Clerk Maxwell - físico escocês (Edimburgo 1831 - Cambridge 1879)
Apresenta em A Treatise on Electricity and Magnetism as equações do eletromagnetismo , consolidando os experimentos de Faraday. Suas equações preveem a existência das ondas eletromagnéticas, e anuncia que a própria luz é uma forma de eletromagnetismo. |
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1879 |
Thomas Alva Edison - invertor americano (Milan, Ohio 1847 - West Orange, Nova Jersy 1930)
Inventa a primeira lâmpada elétrica comercialmente viável. Três anos depois,
implementa o primeiro sistema de distribuição elétrica, em corrente contínua , 110 V , em Manhattan. |
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1888 |
Heinrich Hertz - físico alemão (Hamburgo 1857 - Bonn 1894)
Descobriu as existência de ondas eletromagnéticas, as quais demonstrou possuirem as mesmas propriedades da luz. |
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1892 |
Nikolas Tesla - físico iuguslavo (Smilja,Croácia 1856. - Nova York 1943)
Publica a base dos sistemas de corrente alternada. Criador da técnica das corrente polifásicas e principalmente dos motores de campo girante. |
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1892 |
Roberto Landell de Moura - padre brasileiro (Mogi das Cruzes, SP 1861 - Porto Alegre, RS 1928)
Estudioso de física e eletricidade, estabeleceu a primeira transmissão de radiocomunicação, distância de 8Km, em São Paulo entre o Morro de Sant´Anna e o Morro da Av. Paulista. Foi acusado de práticas diabólicas apesar de ser padre jesuíta.
Inventou e desenvolveu vários aparelhos de radiotelegrafia e radiotelefonia. Existem controvérsias sobre a primeira transmissão muitas vezes creditada a Guglielmo Marconi. |
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2 - Glossário |
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2.1 - Axioma (Do gr. axioma, dogma) |
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Na lógica aristotélica; ponto de partida de um raciocínio, considerado como indemonstrável, evidente; |
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Provérbio que encerra uma verdade indiscutível; |
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Enciado indiscutível, admitido como base de uma contrução intelectual, social, moral, etc, verdade admitida por todos sem discussão . |
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2.2 - Corolário (Do lat. Colollarium) |
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Proposição que se deduz imediatamente de outra já conhecida; |
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Consequência necessária e evidente. |
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2.3 - Postulado (Do lat. Postulatum) |
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Proposição que se deve admitir antes de um raciocínio, que não se pode demonstrar e que não será posta em dúvida. |
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2.4 - Hipótese (Do gr. hypothesis) |
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Proposição que se enuncia, que se expõe, que se sustenta. |
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2.5 - Teorema (Do gr. theorema) |
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Proposição científica que pode ser demonstrada; |
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Formulação fechada de uma teoria, que pode ser obtida a partir dos axiomas desta teoria através de uma sequência finita de aplicações das regras de dedução. |
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2.6 - Teoria (Do gr. theoria) |
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Conjunto organizado de princípios, de regras, de leis científicas que visam descrever e explicar um certo conjunto de fatos: a teoria da gravitação universão, da relatividade. |
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2.7 - Lei (Do lat. lex) |
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i) |
Expressão da relação necessária que liga os fenômenos naturais entre si; |
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ii) |
Regras constantes que exprime essa relação. |
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3 - Produção de Eletricidade |
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3.1 - Fricção |
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Friccionando-se dois meteriais, podemo produzir eletricidade, ou eletricidade estática. Este método é muito usado em laboratórios de pesquisas nas universidades e escolas técnicas, onde usa-se, geradores de Van Graf para produzir altas tensões.
Geralmente, fora dos laboratórios, a eletricidade estática é prejudicial e quem trabalha com circuitos eletrônicos, rádio-comunicações, seguraça de vôo, transporte de inflamáveis, etc deve tomar medidas para evitá-la. |
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3.2 - Pressão |
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Exercendo uma certa pressão mecânica sobre cristais de determinadas substâncias (sal de Rochelle ou quartzo), podemos produzir eletricidade, este fenômeno é conhecido como piezoeletricidade.
Quando um cristal de quartzo, por exemplo, é comprimido (força mecânica) ele cria uma diferença de potêncial elétrico entre suas duas faces opostas, e quando a força é removida o cristal é descomprimido e dá origem a uma força elétrica em direção oposta a criada na compressão.
. Apesar do potencial gerado pelos cristais ser muito pequeno, eles têm larga utilização devido à sua alta sensibilidade às variações de força mecânica e alterações na temperatura. Por exemplos, num microfone ele transforma a energia mecânica da voz em energia elétrica. |
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3.3 - Térmica |
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Quando um pedaço de metal é aquecido em uma extremidade, os elétrons tendem a se mover afastando-se da extremidade aquecida. Isto ocorre com o cobre e com a grande maioria dos metais. Porém, em outros, como o ferro a ação é contrária, os elétrons tendem a se moverem na direção mais aquecida. Então, juntando uma extremidade de um pedaço de cobre a outra de um pedaço de ferro e aquecendo a junção destes metais, teremos uma produção de eletricidade entre suas extremidade oposta a junção. Este dispositivo é denominado termocuplo ou par termoelétrico.
Os pares termoelétricos, apresentam potencial um pouco maior que os dos cristais e devido sua ótima sensibilidade ao calor são empregados como instrumentos de controle de temperaturas elevadas e muito baixas, coisa que os termômetros do tipo mercúrio e álcool não seriam capazes de fazer. |
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3.4 - Química |
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A pilha mais simple, conhecida com pilha galvânica ou voltaica, é um dispositivo que transforma energia química em energia elétrica. Consiste de uma barra de carbono C e uma barra de zinco Zn (eletrodos), suspensa em uma solução de água H2O e ácido sulfúrico H2SO4 (eletrólito). Os eletrodos são os condutores pelos quais a corrente deixa e retorna ao eletrólito.
A pilha é a unidade fundamental da bateria e esta tem larga utilização na nossa vida cotidiana que vai desde nossos celulares até combustível para carros movidos a hidrogênio. |
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3.5 - Luz |
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sendo editado . . . |
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3.6 - Magnetismo |
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sendo editado . . . |
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Colaboração: |
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Djalma de Araújo Montenegro (1ºSG-EL) -- Profº da Escola de Eletricidade do Centro de Instrução Almirante Alexandrino, RJ. |
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Bibliografia: |
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Halliday, Resnick. |
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Física vol. 2 / David Halliday e Robert Resnick -- Rio de Janeiro, Editora LTC, Edição 1973 reimpressão 1979. |
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Basic Electricity -- U.S. Navy, Bureau of Naval Personnel Training Publications Division. |
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Ramalho, Nicolau, Toledo. |
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Os Fundamentos Física vol. 3 / Francisco Ramalho Júnior, Nicolau Gilberto Ferraro e Paulo Antônio de Toledo Soares -- São Paulo, Editora Moderna, Edição 1993, 6ª ed. |
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Grande Enciclopédia -- São Paulo, Larousse Cultural, Editora Universo Ltda, ed 1988. |
|
Physical Science A study of matter and energy -- U.S. Verne H. Booth, 1962 Sixth Printing 1966, Collier-Macmillan Canada, Ltd. |
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Smit |
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Rádio Propagação / Joroslav Smit -- São Paulo, Editora Érica, Edição 1986. |